Distraída, ia pela cidadezinha
a menina vestida de gris e anil
ia como se andasse só;
Acompanhada de ninguém
e com absortos seres ao redor
alheia a tudo
De repente, Giz!
Tudo assim, tão sem cor,
tão triste, tão …
Sentiu-se perdida na cidade,
Nos seus pensamentos
Nas suas lembranças
Fez um auto-julgamento
E parecia julgar também os outros.
Ficou giz igual a cidade
quando diante da verdade
encontrou-se.
Estática, julgava quem muito amava
e isso parecia surreal,
consciência divina?
Julgamento injusto!
E pranteava junto aos mortos,
junto aos vivos absortos,
junto a menina pranteando
a dor de quem se foi,
e pranteava sem parar.
Era surreal. Era um sonho.
Mas a fez não dormir,
pertubar-se, contorcer-se.
E querer que aquele julgamento
fosse adiado, até o final ser mudado.
Que tenha sido apenas um sonho.
Yhanndra Dias