24 janeiro 2012

Movirri, morrivi


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Movirri, morrivi

parei de ficar parada quando comecei a me mover
               [frase estúpida é poética aos olhos de quem lê]
aos olhos de quem vê não mais estou parada
me movo de novo sem querer
na direção errada

e não há nada que me impeça
            [nem mesmo a perna que tropeça]
de chegar ao precipício que me atrai
e oscilar,
vacilar na beira do cais
das almas que vivem sem mover.

movi e morri,
morrivi, movirri. 

12 janeiro 2012

À Palavra.

Palavra!
Tu que me decifra,
E me revigora
Tu que me destrói e constrói sem demora!

Vai... alcança quem eu não posso ver
Penetra sua alma e o seu ser,
Leva tudo aquilo que, falando,
Eu, hesitante, não consigo dizer.

Me  traduz, palavra!
Me reduz, se preciso for, pra eu crescer.
Sê minha aliada. 
Tu, que quando entrelaçada ao meu coração, 
o poema exato faz então nascer.

Nathália Monte