27 março 2011

Sou


Tal qual a teia trabalhada.
Isolada no ar chuvoso,
Que no escuro tenebroso,
Sustenta gotas prateadas.

Habita, viva e velha, 
uma aranha aqui em mim.
e na sua fome sem fim,
digere meu mundo molhado.

Espera, a aranha na teia,
A fina chuva cessar,
Ainda digerindo meu mundo, 
Querendo ver o sol chegar.

Trégua


Sozinho entrei no quarto
Duas lágrimas no olhar:
Uma por mim,
que não amaste;

E uma por ti,
Que suspiraste 
Ao me ver não te implorar.