31 agosto 2010

Poema conciso

Em meus olhos, escritas
umas verdades bem ditas
que podem provocar feridas
naqueles que não as sabem ler.



Nathália Monte

10 agosto 2010

Irreal

Cansei das regras sem explicação.
E das lutas eternas para ver
Quem segura o ar na mão.
Ninguém segura o ar na mão.

Prefiro o irreal, porque o real sempre se repete.
Há vida, riso e lágrima, dor amor e morte.
E só? É isso que se chama existência?
O universo conspirou com Deus para apenas isso?
Não basta para mim.
Se existir algo entre o riso e a lágrima,
Eu quero sentir.
Se há algo mais entre o amor e o ódio,
Eu quero descobrir.
Quero ver o que há após a morte.
E o que há antes da vida?!
Diante disso, o mundo que me foi apresentado é
Uma prostituta experiente,
Cujo corpo já foi por completo desvendado.
Mas o irreal é aquela moça virgem,
Frágil e besta,
Que desperta mais curiosidade que luxuria.

Assim é perfeito o irreal, porque é louco.
E aquilo que sai diferente é aclamado como igual.
E o igual jamais cansa, porque é sempre inovador.
E a cada página dessa vida, o sorriso é mais extenso
E a lágrima mais salgada.
E na hora da morte, ri-se.
Porque a aventura seguinte
será ainda mais
Surreal.

Poema Marginal VI

Sky
Não cai
Jamais

Sea
Se foi seco
Nunca vi

01 agosto 2010

Eu, tão submersa

Escrever com alma
de tão intenso, me apavora!
e cada frase que leio me devora:
e assim vou morrendo de espanto e prazer.
É bonito de se ver esse ardor escrito,
num papel ganha vida quando alguém o lê.
Divino assim, é uma certa ousadia revelar,
é particular demais,
da alma o que se traz.
É difícil de explicar.




Nathália Monte