Minha casa era tão grande
Quando pequeno.
E no quintal o silêncio
Era pleno.
Me sentava no batente
E aspirava o ar quente
Das tardes de Recife.
E ainda estou aqui,
Mas a casa já não passa
De uma casa.
E o quintal virou garagem,
Hospedagem de carruagens de metal.
E o ar quente me sufoca,
A luz me incomoda e
Me impede de sentar novamente
No batente e admirar...
O quê, yuri?
Não resta mais nada para ver.
Yurii Araujo
2 comentários:
nossaaa, lindããão!
parabénsamigopoeta <3
e é uma merda mesmo.
tudo é tão bom quando criança, mas basta crescer pa tudo diminuir.
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