30 junho 2011

Hoje

Minha casa era tão grande
Quando pequeno.

E no quintal o silêncio
Era pleno.             

Me sentava no batente
E aspirava o ar quente
Das tardes de Recife.

E ainda estou aqui,
Mas a casa já não passa
De uma casa.
E o quintal virou garagem,
Hospedagem de carruagens de metal.

E o ar quente me sufoca,
A luz me incomoda e
Me impede de sentar novamente
No batente e admirar...
O quê, yuri?
                               
Não resta mais nada para ver.


Yurii Araujo

2 comentários:

Bela disse...

nossaaa, lindããão!

parabénsamigopoeta <3

vivi cabral disse...

e é uma merda mesmo.
tudo é tão bom quando criança, mas basta crescer pa tudo diminuir.