12 julho 2010

Fênix

Como o fel trincado entre os dentes
Escorrendo por entre os dedos
Nos pântanos sombrios
Dos meus sonhos insanos.

Como algo que corrói a alma;
Não aspire tal sentimento,ó,ego!
Estilhaçando agora,em pedaços,amiúde.
Em cinzas ressurgindo.

Sem fôlego,sem forças,sem mim.
Apenas tentando juntar o que restou
De uma dor,de um quase amor.

Estilhaçando agora,em pedaços,amiúde.
Juntando os pedaços,ressurjo.
Melhor que ontem,pior que amanhã.


Yhanndra Karine

4 comentários:

Vitória disse...

"ah,animais merecem amor,proteção,carinho,respeito,casa e que a gente cuide pra eles n ficarem em extinção! :D
os homens?! oi? oi? " Y. K.
concordo com vc Irmã!
-shuahsuahsu

Yurii disse...

Melhor que ontem, pior que amanhã

É a eterna superação diária...

Tony disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Tony disse...

Tony disse...
"Como o fel trincado entre os dentes
Escorrendo por entre os dedos
Nos pântanos sombrios
Dos meus sonhos insanos."

Em "Como o fel trincado entre os dentes" o eu lírico mostra a impossibilidade de externizar sua dor, sendo obrigado a "engolir" seu sofrimento...
"Escorrendo por entre os dedos" pode ser a representação da perda, seja lá do que for, causa do sofrimento do eu lírico.
"Nos pântanos sombrios
Dos meus sonhos insanos." Metaforização dos medos internos talvez?

"Como algo que corrói a alma;
Não aspire tal sentimento,ó,ego!" Aqui, o eu lírico diz a si mesmo para não aceitar que essa dor o derrube, que o corrompa.

"Estilhaçando agora,em pedaços,amiúde." O eu lírico se quebra diante da dor, mas sem aceitá-la como algo insuperável, e então começa a se levantar em "Em cinzas ressurgindo."


"Sem fôlego,sem forças,sem mim.
Apenas tentando juntar o que restou
De uma dor,de um quase amor." apesar das dificuldades e do sofrimento, o eu lírico continua seu esforço para se levantar das pancadas sofridas até agora.Em "juntando o que sobrou / de uma dor", o eu lírico parece incorporar o sentimento para torna-lo parte de si, para que ele não o machuque mais, o que me parece uma metáfora para o aprendizado.

"Estilhaçando agora,em pedaços,amiúde.
Juntando os pedaços,ressurjo.
Melhor que ontem,pior que amanhã."
Nessa estrofe o Eu lírico reafirma sua união com a dor, seu aprendizado, mas dessa vez, através do "ressurjo" mostra que ele já se levantou, já superou o sofrimento.Em "Melhor do que ontem, pior que amanhã", o eu lírico externiza seu orgulho em ter superado obstáculos passados e consciência de que terá de superar outros ainda maiores no futuro.Além disso, o "pior que amanhã" dá circularidade ao poema, uma vez que a luta recomeçará, voltamos ao início do poema.

Resumindo, o eu lírico fala sobre as dificuldades em superar os problemas e sobre a necessidade de fazê-lo, mostrando que é necessário um crescimento interno constante para que isso seja possível.

O poema ficou interessante...mas segue uma linha moderna que infelizmente não faz o meu tipo, pois sou um parnasiano topado, e queria ver as rimas, métrica e outras coisas mais comuns no clássico.Mas ficou muito legal...

Espero num ter viajado muito aqui.

Parabéns pelo trabalho ^^