Como o fel trincado entre os dentes
Escorrendo por entre os dedos
Nos pântanos sombrios
Dos meus sonhos insanos.
Como algo que corrói a alma;
Não aspire tal sentimento,ó,ego!
Estilhaçando agora,em pedaços,amiúde.
Em cinzas ressurgindo.
Sem fôlego,sem forças,sem mim.
Apenas tentando juntar o que restou
De uma dor,de um quase amor.
Estilhaçando agora,em pedaços,amiúde.
Juntando os pedaços,ressurjo.
Melhor que ontem,pior que amanhã.
Yhanndra Karine
4 comentários:
"ah,animais merecem amor,proteção,carinho,respeito,casa e que a gente cuide pra eles n ficarem em extinção! :D
os homens?! oi? oi? " Y. K.
concordo com vc Irmã!
-shuahsuahsu
Melhor que ontem, pior que amanhã
É a eterna superação diária...
Tony disse...
"Como o fel trincado entre os dentes
Escorrendo por entre os dedos
Nos pântanos sombrios
Dos meus sonhos insanos."
Em "Como o fel trincado entre os dentes" o eu lírico mostra a impossibilidade de externizar sua dor, sendo obrigado a "engolir" seu sofrimento...
"Escorrendo por entre os dedos" pode ser a representação da perda, seja lá do que for, causa do sofrimento do eu lírico.
"Nos pântanos sombrios
Dos meus sonhos insanos." Metaforização dos medos internos talvez?
"Como algo que corrói a alma;
Não aspire tal sentimento,ó,ego!" Aqui, o eu lírico diz a si mesmo para não aceitar que essa dor o derrube, que o corrompa.
"Estilhaçando agora,em pedaços,amiúde." O eu lírico se quebra diante da dor, mas sem aceitá-la como algo insuperável, e então começa a se levantar em "Em cinzas ressurgindo."
"Sem fôlego,sem forças,sem mim.
Apenas tentando juntar o que restou
De uma dor,de um quase amor." apesar das dificuldades e do sofrimento, o eu lírico continua seu esforço para se levantar das pancadas sofridas até agora.Em "juntando o que sobrou / de uma dor", o eu lírico parece incorporar o sentimento para torna-lo parte de si, para que ele não o machuque mais, o que me parece uma metáfora para o aprendizado.
"Estilhaçando agora,em pedaços,amiúde.
Juntando os pedaços,ressurjo.
Melhor que ontem,pior que amanhã."
Nessa estrofe o Eu lírico reafirma sua união com a dor, seu aprendizado, mas dessa vez, através do "ressurjo" mostra que ele já se levantou, já superou o sofrimento.Em "Melhor do que ontem, pior que amanhã", o eu lírico externiza seu orgulho em ter superado obstáculos passados e consciência de que terá de superar outros ainda maiores no futuro.Além disso, o "pior que amanhã" dá circularidade ao poema, uma vez que a luta recomeçará, voltamos ao início do poema.
Resumindo, o eu lírico fala sobre as dificuldades em superar os problemas e sobre a necessidade de fazê-lo, mostrando que é necessário um crescimento interno constante para que isso seja possível.
O poema ficou interessante...mas segue uma linha moderna que infelizmente não faz o meu tipo, pois sou um parnasiano topado, e queria ver as rimas, métrica e outras coisas mais comuns no clássico.Mas ficou muito legal...
Espero num ter viajado muito aqui.
Parabéns pelo trabalho ^^
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